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Série Pilotagem Policial: Viatura policial como instrumento de trabalho.

Viatura não é carro parte 2

St Alan Campos(há época 1ºSargento) foto: Arquivo Pessoal



Na ultima semana o blog do Halk trouxe a primeira parte de uma série de postagens sobre viaturas, onde o nosso colaborador Sub tenente Alan Campos nos mostrou uma forma diferente de vermos uma viatura policial, sabendo da complexidade do trabalho e da necessidade de entendimento hoje trazemos a viatura policial como INSTRUMENTO DE TRABALHO.


Todas as profissões possuem alguns instrumentos de trabalho que são indispensáveis. O médico possui o seu estetoscópio, o psicólogo seu divã e assim por diante. Os policiais também têm seus instrumentos de trabalho, além da sua arma de fogo ele possui a VIATURA POLICIAL.

A viatura nos dias de hoje é um instrumento o qual sem ele não se faz policiamento e sob ela estão regras aplicadas a outros instrumentos como o uso progressivo da força, então entendamos desde o início. 

Na atualidade a maioria das Polícias pedem que o seu efetivo esteja habilitado para conduzir um carro e além disso todos são submetidos a uma formação específica para condução de veículo de emergência, mostrando que esta deve ser uma habilidade básica para todos da segurança pública. Algumas corporações ainda aplicam cursos de direção defensiva, ofensiva entre outros e nos últimos anos com o auxílio do nosso colaborador e uma equipe de especialistas esta prática foi elevada a categoria de Pilotagem Policial, como vimos na semana passada.

Então o veículo se tornou instrumento diário de trabalho e deve atender a alguns pré requisitos que passamos a elencar.

Ser um veículo de qualidade comprovada – a população e os profissionais de segurança precisam de um veículo com qualidade comprovada e testada para o trabalho diário, vidas estão em risco quando uma viatura empreende uma perseguição ou transporta uma vítima.

Não deve ser prejudicial à saúde – Aplicando os princípios da Organização Mundial de Saúde a viatura como instrumento básico de trabalho do Policial não deve acarretar a estes prejuízos a sua saúde. Desta feita as adaptações ergonômicas entre outras, não são opcionais e sim obrigatórias. Como o posicionamento dos cintos de segurança de maneira que sejam efetivamente operacionais no serviço policial.

Deve servir aos propósitos – Viaturas policiais são aplicadas para preservar a vida e trazer segurança. Então quando se aplica uma viatura tem que se levar em conta que ela pode ser utilizada para levar pessoas, cargas valiosas, cargas vivas e ainda ser aplicada no serviço convencional. Para isso se faz necessária a aplicação de cubículos que não alterem a dirigibilidade e tragam segurança, onde se coloque a carga máxima estabelecida e ainda preserve as características mínimas de potencia e dirigibilidade.
Uso progressivo da força – a fim de atender a esse princípio a viatura deve ser pensada para causar impacto ao chegar (luzes, sons e estrutura), para desde o início ser fator persuasivo para impedir o crime, deve ter motorização melhor que o normal para ter capacidade de acompanhar qualquer veículo convencional, e deve ter equipamentos como para-choques próprios e enrijecimento de algumas áreas da estrutura para efetuar, manobras de imobilização e em caso extremos ser utilizada de forma letal a fim de evitar mortes, ao mesmo tempo que preserva a vida do policial no seu interior. E algo que se tornou indispensável no Brasil anteparo balístico, aplicado no veículo de forma que não afete a dirigibilidade e muito menos a funcionabilidade dos equipamentos como airbags. 

Todas essas ações como instrumento de trabalho, devem estar amparadas em normas e regulamentos de aplicação a fim de se obter o objetivo final que é preservar vidas.

Então não podemos ter viaturas policias, como carros travestidos. Devemos ter tudo que se oferecer de tecnologia de ponto nos carros MAIS o aprimoramento para o serviço policial.
Nos Estados Unidos há décadas tudo isso é regulamentado e aplicado, tem se noticia que os testes de viaturas começaram em 1974 na Polícia Estadual de Michigan e hoje servem de parâmetro para muitos países e para a indústria automobilista a americana e mundial. Isso será outra matéria de nosso blog que tratará dos testes de viatura.

Alguns que são contrários ao bem ou estão cansados do sistema atual, de imediato tem em mente que isto é coisa de filme. Nós até concordamos, mas não aceitamos. Pois sabemos através das informações e dos estudos desenvolvidos pelo nosso colaborador que isto é mais plausível e real que imaginamos. 

Devemos sempre buscar o melhor serviço para nossa população com a máxima proteção, pois não há preço para uma VIDA.




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1 comentário

  1. Vamos pra realidade nua e crua. No Rio Grande do Norte e em boa parte do país, VTRs de polícia, sao carros populares, onde as adaptações que recebem sao, uma adesivagem, giroflex e no maximá um xadrez. Em especial o RN, as nossas viaturas na maioria delas, 70% são veículos tipo GOL, que não oferecem o minimo de conforto e confiabilidade. Muitos dos policiais hoje, se encontram com algum tipo de lesao, seja na parte cervical, lombar ou joelhos, devido ao período excessivo dentro de uma viaturas inapropriada"Gol".

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