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PCC tentou contratar 'Lúcifer' para assassinar inimigo dentro de presídio federal

"A carta de pedido de contratação foi encontrada no esgoto"


Jose Roberto da Compensa - Lider da FDN
Foto: Reprodução/Internet
Os desdobramentos da Operação Echelon, continuam e desta vez revelam um plano do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar um rival preso em Campo Grande. Por bilhete, integrantes tentaram contratar Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer, criador da facção Cerol Fininho, para assassinar o traficante José Roberto Fernandes Barbosa, mais conhecido como Zé Roberto da Compensa, chefe da FDN (Família do Norte).

As informações sobre o plano constam na denúncia da Operação Echelon, do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), que acusou, há uma semana, 75 pessoas pelo crime de organização criminosa, sendo um dos alvos Tio Arantes, preso em Dourados, a 233 km de Campo Grande, e foram publicados pelo UOL. Os bilhetes interceptados por agentes da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, na região oeste de São Paulo, revelam que o PCC tentou usar Lúcifer, em 2017.

"Referente às ideias de tentar usar o Lúcifer para pegar o Zé Roberto FDN, é isso mesmo. Pedimos para vocês fazerem esse salve [comunicado] chegar na meta [cela] dele que, se ele fecha nessa situação, ele terá todo nosso apoio no que precisar e poderá voltar para nossa cadeia como companheiro. Ele tem nossa palavra, pois ele tava ajudando vingar a morte de vários irmãos”.Carta recuperada achada no esgoto. Foto: Reprodução

Alvo

Era o traficante José Roberto Fernandes Barbosa, mais conhecido como Zé Roberto da Compensa. Ele é o chefe da FDN (Família do Norte) e mandante do "Massacre de Manaus", quando 56 presos foram assassinados durante o primeiro dia de 2017 na penitenciária da capital amazonense. Vinte e seis mortos eram integrantes do PCC.

A FDN e o PCC disputam o fluxo e venda de drogas da chamada "rota dos Solimões", além do controle da massa carcerária nas prisões da região Norte.

Segundo o depoimento confidencial de um preso amazonense, a ameaça do PCC, cujo plano de assassinato não foi concretizado, levou a direção da penitenciária federal em MS a colocar Zé Roberto em outra cela.

Arranca as vísceras - Para matar Zé Roberto da Compensa e vingar aqueles que foram assassinados pela FDN, o PCC queria utilizar os serviços do detento Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer. Preso há quase 20 anos, ele criou sua própria facção criminosa, a Cerol Fininho, conhecida por arrancar as vísceras de suas vítimas.

Quem fez o bilhete? O plano é atribuído pelo MP paulista aos integrantes da Sintonia dos Estados, espécie de coordenação central das ações do PCC. Cada setor da facção é chamado de sintonia.

Além do chefe da FDN, outro "troféu" pedido pela cúpula do PCC a Lúcifer era o fundador da facção paulista José Márcio Felício, o Geleião - que atualmente cumpre pena em um presídio do interior paulista. Este foi expulso do PCC foi expulso do PCC quando Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, assumiu a liderança da facção. Bilhetes foram resgatados no esgoto.

Operação

Durante a Echelon, equipes policiais de São Paulo cumpriram ao menos três mandados de prisão preventiva contra internos do presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, em Campo Grande.

A ação também “prendeu” José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, um dos líderes do PCC no Estado. Com 63 anos, ele cumpre pena na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), por envolvimento em assalto a bancos em Campo Grande no ano passado. O nome da operação quer dizer "atacar em ondas".

*Fonte: Campo Grande News. 




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